Quadro inspirado no principal meio de vida do Litoral brasileiro, mostra as tradicionais pescas, conhecida como três maios que representa um dos principais meio de subsistência do negro logo após a escravidão. Hoje, representa um importante recurso natural renovável do Brasil, pouco valorizado. Quadro composto por homens que vão ao mar pescar e suas vidas na praia. A puxada de rede conta a história de um pescador que, ao sair para o mar em plena noite para trazer o sustento da família, despede-se de sua mulher que, tendo um mau pressentimento, o assusta dizendo dos perigos de sair à noite. Mas o pescador sai e a deixa chorando com seus filhos assustados. O pescador sai para o mar e leva consigo uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, seus companheiros de pesca e a bênção de Deus.Muito antes do horário previsto para a volta dos pescadores, que seria às 5 da manhã, a mulher do pescador, que ficara na praia esperando a hora do arrasto, teve uma visão um tanto quanto estranha. Ela vê o barco voltando com todos à bordo muito tristes e alguns até chorando. Quando os pescadores desembarcam, ela dá pela falta do marido e os pescadores dizem que ele caiu no mar por conta de um descuido e que devido à escuridão da noite, não foi possível encontrá-lo, ficando ele perdido na imensidão das águas.Ao amanhecer, quando foram fazer o arrasto da rede que ficara ao mar, os pescadores notaram que, por ter sido aquela uma noite de pouca pesca, a rede estava pesada demais. Ao chegar todo o arrasto à praia, já com o dia claro, todos viram no meio dos poucos peixes que vieram, o corpo do pescador desaparecido. A tristeza foi instantânea e o desespero tomou conta de todos ali presentes. Prosseguem-se então os rituais fúnebres do pescador sendo levado à sua morada eterna pelos amigos que estavam com ele no mar, sendo seu corpo carregado nos ombros, ao longo da praia.
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